EREÇÃO E FUNDAÇÃO DA VILA REAL DE MONTE-MOR, O NOVO D’AMÉRICA

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#baturité 07 DE SETEMBRO DE 1822
Em obediência as órdens régias de D. José I, Rei de Portugal, e de seu Ministro Sebastião José de Carvalho Melo, o Marquês de Pombal, e especificamente, ao Alvará de 8 de maio e à Carta Régia de 16 de setembro de 1758, foi a Vila erecta ou inaugurada pelo Ouvidor Victorino Soares Barbosa (8º Ouvidor Geral da Capitania do Ceará, Provedor da Fazenda Real, Corregedor da Comarca, Juiz Executor, Comissário das Novas Vilas e Procurador do Governo de Pernambuco), na antiga Aldeia “Comum” ou Missão da Palma dos Índios Canindés e Jenipapos ou Baturités, que também se chamavam a si de Bayacus ou Payacus(4), aos quais se fizeram reunir os índios Quixelôs, da antiga Missão da Telha, hoje Iguatu, para complemento dos 100 casais exigidos pelo Diretório.
Em 31 de março de 1764, devidamente credenciado por uma “ordenação” especial do Governador e Capitão General de Pernambuco, Luiz Diogo Lobo da Silva, datada de 17 de julho de 1763, chegou à aldeia “comum” ou Missão da Palma, o ouvidor Vitorino Soares Barbosa, acompanhado do escrivão Elias Paes de Souza Mendonça (Escrivão e Mestre-Escola de Paupina) e do Engenheiro Custódio Francisco de Azevedo, vindo especialmente da Serra dos cocos, com sua prancheta e o “círculo dimensório”, e mandou logo publicar o Edital que foi lido na Missa do primeiro domingo e fixado na porta da Igreja, determinando “levantar e aclamar a nova Vila no dia 14 de abril seguinte, á qual se reunirão os índios da antiga Missão da Telha, sita no Quixelô para complemento dos casais que o Diretório exigia”.
No dia 2 de abril, “depois de ter examinado todos os lugares da baixa e ter assentado o local que era mais conveniente erigir a futura Vila”, o Ouvidor mediu e demarcou com o Engenheiro, auxiliado pelo Escrivão da Vara do Meirinho-Geral, Antonio Gomes de Freitas, com uma corda encerada de 10 braças de comprimento, a área que achou ter 165 braças de Noroeste para Sueste, por 135 de Nordeste para Sudoeste, pouco mais de 5 hectares, espaço que hoje vai, aproximadamente, da antiga Rua da Palha, por trás da Praça da Matriz, ao prédio do Correio, e da Rua José ao beco do Cemitério, e na mesma área alinhou a praça da Vila, dando-lhe no mesmo rumo, 80 braças (175 metros) de comprimentos por 45 (100 metros) de largura, e demarcou, ao todo, 154 locais de casas a se construirem, com o prazo de 2 anos para sua conclusão, guardando-se rigorosamente o alinhamento traçado, além de 3 já feitas: uma para o Vigário, outra para a Câmara e outra para a Escola.

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